Refugio DC 7
Cia Artesãos do Corpo  (Foto: Fábio Pazzini)
Refugio DC 19
REFÚGIO 1 - Foto - Fabio Pazzini
11º Visões Urbanas - Festival Internacional de Dança em Paisagens Urbanas, realizado pela Cia Artesãos do Corpo em São Paulo.  (Foto: Fábio Pazzini)
11º Visões Urbanas - Festival Internacional de Dança em Paisagens Urbanas, realizado pela Cia Artesãos do Corpo em São Paulo.  (Foto: Fábio Pazzini)
REFÚGIO 3 - Foto - Fabio Pazzini

REFÚGIO

A performance/intervenção “REFÚGIO – ou como fixar raízes no concreto” surge da questão: Como lidar com o conceito de enraizamento num contexto onde o corpo é obrigado a deslocar frequentemente suas raízes?

Nossa intenção é dar voz, corpo e peso à histórias diversas e experiências compartidas na cidade de São Paulo, dando uma nova dimensão à ideia de lar, pois seja por necessidade, imposição ou escolha os “estrangeiros” se apresentam como protagonistas na construção de novas possibilidades de enraizamento e são eles que criam e nutrem ramificações afetivas capazes de desenhar novos territórios individuais e coletivos.
O conceito de enraizamento é um tema urgente já que o contexto global de crises econômicas, politicas, sociais e ambientais, faz crescer diariamente ao redor do mundo o número de pessoas deslocadas, refugiadas e i(e)migrantes.

Numa cidade como São Paulo, onde há uma crise eterna entre construção e desconstrução, passado-futuro, perdas e permanências fica muito difícil fixar raízes e criar sentidos e significados coletivos uma vez que os espaços históricos e simbólicos são destruídos ou descaracterizados em um piscar de olhos, impedindo que as pessoas se apropriem e estabeleçam conexões, vínculos e afetividades.

A performance/intervenção/instalação tem inicio com nove pares de sapatos/concreto instalados no espaço formando uma instalação. Os corpos dos intérpretes e a trilha sonora composta por depoimentos de pessoas nascidas em outras países, mas que adotaram o Brasil, mais especificamente a cidade de São Paulo, como morada e lugar para fixar suas raízes, vão preenchendo o espaço cênico por diversas camadas poéticas e simbólicas.

Para a colheita desses depoimentos, definimos quatro perguntas: Onde estão suas raízes? Como é viver longe dessas raízes? Por que você se afastou de suas raízes? Do que você sente saudades?

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fotos: Fábio Pazzini