Cia Artesãos do Corpo  (Foto: Fábio Pazzini)
Cia Artesãos do Corpo  (Foto: Fábio Pazzini)
Cia Artesãos do Corpo  (Foto: Fábio Pazzini)
Cia Artesãos do Corpo  (Foto: Fábio Pazzini)
Cia Artesãos do Corpo  (Foto: Fábio Pazzini)
Cia Artesãos do Corpo  (Foto: Fábio Pazzini)
Cia Artesãos do Corpo  (Foto: Fábio Pazzini)
Cia Artesãos do Corpo  (Foto: Fábio Pazzini)
Cia Artesãos do Corpo  (Foto: Fábio Pazzini)

E A GARÇA CANTA COM TRISTEZA

Criação da Cia Artesãos do Corpo | Dança-Teatro inspirada nos  Mangás de Shirow Masamune (Ghost in the Shell) e nos animês de Oshii Mamoru (Ghost in the Shell e Innocence) bem como  na literatura e filmografia que circunda o universo das scifi, onde o futuro é retratado como distópico.

Indagamos se o que vivemos hoje é o futuro que deveria ser amanhã. Colocaremos em dúvida o que é real, o quanto de humano ainda resta em nós, do nosso tempo conectados a uma máquina que abriga um sistema “inteligente”.

A música de Kenji Kawai, Kugutsuuta ura mite chiru, para o animê Innocence acompanhava o processo de criação e os acontecimentos  que assolavam (e assolam)  o país durante o processo de construção desse trabalho: “Mesmo que a lua não se ilumine todos os dias, todas as noites, a garça canta com tristeza… O mundo em que vivo, minha existência é desalentadora, mas o sonho não morre, floresce com o rancor!” E a garça continua cantando com tristeza…

O clássico filme de Ridley Scott, “Blad Runner”, tinha como data futura o ano 2019. Na tela de abertura uma profecia: Replicantes foram declarados ilegais na Terra e a polícia especial – Blade Runner Units – tinham ordens para atirar para matar… isso não era chamado de execução. Era chamado de aposentadoria.

A riqueza de referências e desdobramentos que a obra de Oshii nos apresenta jamais caberia  numa única peça. Fiquemos pois com as impressões que mais nos tocaram, afinal, como diz o escritor Haruki Murakami: escrever romances é perseguir possibilidades. O mesmo eu diria sobre compor criações para dança-teatro.

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fotos: Fábio Pazzini