Essa criação é o resultado de uma pesquisa realizada por Ederson Lopes e Mirtes Calheiros a partir de um olhar sobre a obra de dois escultores belgas contemporâneos (Willy Callis e Monique Donckers) através de residências realizadas na Bélgica os artistas tiveram contato com a obra e com os escultores buscando criar aproximações entre o concreto e o sensível, entre o estático e o movimento, entre corpo e escultura. O elemento cultural japonês MA (espaço entre / zona intervalar) permeia essa criação que busca tornar visível os vestígios, rastros e intervalos desenhados no espaço pelos gestos dos intérpretes. Esses estudos teóricos tem a orientação da pesquisadora japonesa, residente em SP, Michiko Okano – USP/UNESP.

Dança-luz-escultura  tornar visível o vazio pleno, os caminhos e linhas energéticas que percorrem o corpo e o espaço, o silêncio e as zonas de intervalos entre os movimentos, os sons, entre a plateia e os artistas.

Como suporte para esse corpo expressivo que se coloca em um espaço entre linguagens (dança-teatro-performance) os intérpretes tem como base de treinamento e estudo diversas técnicas orientais de preparação corporal e de afinação da percepção interna do corpo, com o objetivo de criar obras que valorizem a improvisação e que leve em consideração os rastros, vestígios e vazios levando a platéia para uma experiência sensorial e ativa.